sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Passagem: ''Cabaré - Cap. 2, Preto"


''No estranho dia de 4 de fevereiro de 1979, Fui para o meu trabalho, após a rotina chata que mantinha, e no meio do caminho após comprimentar cada morador de 'Historiópolis', pelo segundo nome e precedendo um bom dia, um estranho andárilio que na rua 13 montou acampamento, saiu em disparada a minha direção e me fez freiar bruscamente a naquela época, já velha lambreta, ao tirar a proteção de minha cabeça e antes de despejar sobre aquele mendigo nomade, todas as palavras de baixo calão que aprendi na minha vida desinteressante, percebi que em suas mãos havia um felino de cor escura, cortando a melodia das palavras, um infeliz de um filhote de gato preto, o que me fez pensar,e desistir das ofensas, pela atitude altruista do cidadão, e também me peguei pensando: - será que o pequeno animal também me proporcionaria a mesma quantidade de anos de azar que um gato já adulto? Foi quando pensei duas vezes antes de ofender o andarílio, e preferi perguntar, se aquele o pertencia, quando o mesmo respondeu que não, e que apenas de jogou em meio a rua, para que eu não estragasse seu almoço... Foi quando percebi que o verdadeiro azarado da estória era o próprio talismã da má sorte... E antes que o andarílio colocasse o animal dentro de panela, o olhar amarelo negro do bichano me desconcertou, foi quando percebi o pedido de vida do animal para comigo, e perguntei se o ser sujo e estranho que o segurava , me venderia o gato, foi quando o mesmo disse que só o trocaria pelo suficiente para ele nunca mais precisar comer este tipo de refeição, então me comprometi a todo dia de manhã passar por ali, e lhe trazer um delicioso café da manhã, ele relutou e dice que não era o suficiente,l porém eu sábia que aquele animal magro, não o alimentaria por mais de meia horas. ai além do café, também o ofereci uma ceia sempre que voltasse do meu trabalho. porém estava percebendo que aquele gato preto já me saia os olhos da cara por de mais! pois bem, com o animal em punhos , dei a partida na velha lambreta que para ajudar a também não quebrar a velha rotina, por mais de uma vez não pegou... depois que redirecionei o despejo de palavras não amigaveis, para aquela bendita magrela, ela ligou... coloquei o animal na mochila e comecei a andar pensando o que fazer com o mesmo, sabia até o endereço de uma instituição de amparo para animais abandonados. Porem não conseguia saber qual seria o pior destino para o pobre gato se a barriga do andarilio ou a vida de maus tratos no abrigo,e por esta nem me dei ao trabalho de ir até lá, pois já me peguei surpreso de ter ficado com dó deste gato que goza de saúde, pois naum sossega um minuto, imagine se eu ainda fosse até abrigo e observasse dezenas de outros animais na mesma ou em pior condição... então como medida provisória decidi permanecer com o felino em meu poder e o batizei de Preto.''

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